Ainda vivemos um período de adaptação à democracia.

As transições políticas ocorridas recentemente (Império - república; república - ditadura; ditadura - república) retardaram o desenvolvimento do país, visto que dívidas, revoltas e insatisfações eram passadas adiante como herança política. Sabendo disso, podemos concluir que a fase emergente do Brasil, economicamente falando, não poderia ser dada em um curto período, como muitos desejavam que fossem, mas sim, da forma como está ocorrendo, “de vagar e sempre”. Já no campo político, o atraso é injustificável e preocupante, pois demonstra a incompetência dos governantes, que, durante anos, permanecem na mesmice.

Vejamos, apenas agora tivemos a aceitação legal do casamento homossexual em nossa sociedade, o voto e o alistamento ainda são obrigatórios, a imprensa ainda sofre com a censura, e muitas vezes acreditamos estar vivendo em plena ditadura ou até mesmo o imperialismo, onde a opressão era intensa. Tudo isso nos permite entender que, ainda hoje, existem muitas falhas no sistema democrático brasileiro, que deviam ser reparadas o mais breve possível, para que possamos pensar em desenvolvimento tanto econômico, quanto político.

Fernando Brahm Junior